14 April 2008

PREPARAÇÃO DE CHÁS

Para que o chá mantenha todas as suas propriedades e sabor, existem alguns cuidados a ter em conta.

1. Encha uma chaleira com água fresca e agite para oxigenar. Se a água da zona for muito rica em minerais (calcário, por exemplo) deverá usar-se água engarrafada.

2. Enquanto a água aquece, escalde o Bule onde irá servir o chá. Sempre que possível, opte por recipientes de porcelana ou vidro, pois não alteram o sabor do chá.

3. Quando a água começar a ferver introduza o chá. Coloque uma saqueta por chávena ou três por bule.

4. Assim que a água ferver, desligue o lume. Tenha em conta que, quanto mais água ferve, mais oxigénio perde o que diminuirá a qualidade do chá.

5. Verta o chá para o Bule e deixe repousar durante 5 minutos.

6. Se pretende preparar um chá mais forte aumente a quantidade de chá e deixe repousar por menos tempo. Deve ter sempre o cuidado de não deixar o chá repousar por mais de 6 minutos pois tornará o sabor muito amargo.

7. Agite ligeiramente o chá antes de o passar para as chávenas.

22 January 2008

PROPRIEDADES DAS ESPECIARIAS

Vários estudos realizados em universidades da Alemanha, França, Ásia, Estados Unidos e Brasil têm comprovado o que os nossos antepassados já intuíam: as ervas aromáticas e as especiarias possuem princípios ativos com propriedades medicinais.

Vale mencionar que dentre todos os alimentos da Dieta do Mediterrâneo, as ervas e especiarias estão presentes, juntamente com o azeite de oliva. Além do aroma e sabor que conferem à culinária, seu uso é bastante interessante na redução do consumo de Sal.

Outra propriedade é a capacidade de auxiliar no processo digestivo. Presentes nos cardápios, elas estimulam a produção de enzimas envolvidas na digestão e assim facilitam a absorção dos diversos nutrientes. Na culinária, devem ser usadas com equilíbrio para destacarem o sabor de um prato e nunca para sobrepujar seu sabor.


As ervas frescas devem ser picadas o mais perto possível da hora de servir e serem acrescentadas à preparação no final do cozimento, para assim evitar que seu gosto e seus componentes medicinais se percam. No caso de preparações que não necessitem de cozimento, devem ser colocadas bem antes da hora de servir, para que possam misturar-se e dar seu sabor aos outros ingredientes. As ervas secas costumam ser acrescentadas no começo do processo de cozimento.


Tipos, propriedades medicinais e uso culinário:

• Açafrão: antioxidante, anti inflamatório, é auxiliar no tratamento da prisão de ventre.
Uso: arroz, sopas, saladas, carnes, pães.

• Aipo: digestivo, indicado para flatulência (gases), diurético.
Uso: sopas, minestrone e salpicão.

• Alecrim: digestivo, antioxidante, estimulante, activador da circulação sanguínea, anti depressivo e anticéptico.
Uso: carnes e massas

• Manjericão: digestivo, sedativo, tónico, baixa a febre; é auxiliar no tratamento de infecções bacterianas e parasitas intestinais.
Uso: tomates, massas, beringela, peixes de carne firme.

• Alho: antioxidante e digestivo; melhora a circulação sanguínea e purifica o sangue.
Uso: carnes, aves, molhos em geral e refogados.

• Baunilha: estimulante, afrodisíaca e digestiva.
Uso: perfumar bolos, doces, cremes, bebidas e licores.

• Canela: digestiva e antioxidante; ajuda a prevenir osteoporose, a controlar a pressão sanguínea e a aliviar sintomas da menopausa.
Uso: compotas, infusões, marinadas, pickles e ensopados (em casca) e bolos, pães, biscoitos e doces (em pó).

• Cardamomo: antioxidante, estimulante e digestivo.
Uso: pratos indianos, tortas e bolos escandinavos, carne de carneiro e porco, fígado, peixes e sopas, arroz, bolachas, licores, café, conservas de arenque e saladas de frutas.

• Cebola: antioxidante e digestiva.
Uso: pratos salgados.

• Coentro: antioxidante, digestivo, auxiliar no tratamento da ansiedade, moderador de apetite.
Uso: peixes, frutos do mar, molhos, sopas, carnes, aves, pães.

• Cominho: diurético, auxiliar no tratamento de gases.
Uso: molhos, cremes, peixes, carnes, assados, legumes, ovos, sopas e pães. É essencial no caril.

• Cravo-da-índia: ajuda a aliviar sintomas da menopausa, a proteger contra aterosclerose e diminuir os níveis de colesterol.
Uso: doces, pães, marinados, assados de porco, molhos e chutney.

• Caril: é feito com até 65 tipos de especiarias diferentes. Estimulante e digestivo.
Uso: culinária indiana, arroz.

• Erva-doce: combate tontura, náuseas, infecções intestinais e estomacais.
Uso: A base da haste é usada como legume. As folhas podem ser servidas em saladas ou guarnecendo outras preparações.

• Estragão: estimulante de apetite; alivia reumatismo e artrite, regulariza a menstruação, diurético.
Uso: saladas, sopas, assados de forno, peixes, carnes, aves e molhos.

• Gengibre: antioxidante; ajuda a tratar enjoos, combater infecções, prevenir doenças cardiovasculares; é auxiliar no emagrecimento.
Uso: cru como acompanhamento, pickles, molhos, doces, bolos, pães, saladas e carnes de porco.

• Hortelã: estimulante, digestiva. No Recife, o pó da folha é usado para combater parasitas intestinais (ameba e giárdia) em crianças.
Uso: chás, sucos, saladas, molhos para carnes e massas, pratos da cozinha do médio oriente.

• Louro: antioxidante, digestivo; estimula o apetite; é auxiliar no tratamento da gripe.
Uso: cozidos, assados, feijões, massas, caldos e carnes.

• Mostarda: antioxidante.
Uso: conservas, pães, assados, pickles e marinados (em grão) e carne de porco, embutidos, peixes e maionese (em pó ou pasta).

Noz-moscada: afrodisíaca, é usada para problemas hepáticos.
Uso: doces, molhos e massas. Deve ser ralada somente na hora do uso e necessita de pequena quantidade para dar seu aroma.

• Oregãos: digestivo, antioxidante, anti bacteriano, antibiótico, analgésico, sedativo; auxiliar no tratamento de gripes, resfriados e cólicas menstruais.
Uso: molhos italianos, de tomate, ensopados, massas, sopas e espetadas (de carneiro e porco).

• Paprika: estimulantes e digestivas.
Uso: pode ser usada no lugar da pimenta seca.

• Pimentas: antioxidantes; purifica o sangue, auxilia na prevenção de doenças do coração, no tratamento da obesidade, nas dores reumáticas (compressas locais).
Uso: pratos salgados.

• Salsa: favorece o equilíbrio hormonal; é fonte rica em betacaroteno (pré vitamina A) e Vitaminas do Complexo B; alivia os sintomas da bronquite, asma, cólicas menstruais e cistite; é auxiliar no tratamento de cálculos renais e cólicas.
Uso: molhos, patês, saladas, legumes, peixes, omeletas, sopas e guisados.

• Sálvia: digestiva, antioxidante; auxiliar no tratamento de problemas de fígado, suor excessivo, ansiedade, depressão e sintomas da menopausa.
Uso: carne de boi e porco, peixes firmes, ovos, queijos e saladas.

• Tomilho: digestivo, desinfectante, anticéptico; é expectorante, limpa as vias respiratórias e o intestino.
Uso: sopas, aves, peixes, carnes, saladas, molhos, preparações a base de tomate.

16 January 2008

ESTUDO: Chá Verde “pode ajudar no combate ao HIV”

Consumir chá verde pode ajudar no combate contra o HIV, o vírus da aids, de acordo com uma nova pesquisa. Cientistas britânicos e americanos descobriram que um componente chamado Epigallocatechin gallate (EGCG) evita que o HIV se ligue às células do sistema imunológico, chegando a estas células primeiro.

Uma vez que o EGCG se liga às células do sistema imunológico, não sobra espaço para o HIV se instalar da forma habitual. Mas os especialistas afirmam que o trabalho, que foi publicado na revista Journal of Allergy and Clinical Immunology, está em um estágio preliminar.

“Nossa pesquisa mostra que beber chá verde pode reduzir o risco de ser infectado pelo HIV e também pode desacelerar a proliferação do HIV”, disse Mike Williamson, pesquisador da Universidade de Sheffield.

“Não é uma cura e nem é uma maneira segura de evitar a infecção. De qualquer forma, sugerimos que deveria ser usado junto com remédios tradicionais para melhorar a qualidade de vida para os que foram infectados”, acrescentou.

“Atualmente, mais pesquisas estão ocorrendo para determinar o quanto podemos esperar de efeito a partir de quantidades diferentes de chá.”

Preservativos e medicação
Keith Alcorn, editor do serviço pela Internet Aidsmap, disse que serão necessários testes em animais antes de se chegar a conclusões a respeito do possível efeito protetor do consumo de chá verde.

“Este estudo apenas analisa a habilidade de um elemento químico no chá verde para evitar que o HIV se ligue às células C4 do sistema imunológico humano em testes de laboratório.”
“Muitas substâncias que, em testes de laboratórios, mostraram que podem evitar infecção por HIV, mostraram pouco ou nenhum efeito na vida real. Então, acredito que há um longo caminho a ser percorrido antes que qualquer pessoa possa confiar no chá verde para se proteger contra a infecção por HIV”, disse.

“Preservativos evitam o HIV. Qualquer coisa que melhore o sistema imunológico é benéfica para as pessoas com o HIV, mas chá verde não pode ser substituto para a medicação apropriada e para as técnicas de prevenção”, disse Lisa Power, da instituição britânica de luta contra a aids Terrence Higgins Trust.

O chá verde está ligado a efeitos positivos em várias doenças, incluindo doenças cardíacas, câncer e Mal de Alzheimer.

ERVAS MEDICINAIS

Todas as indicações são preventivas e agem como terapia de ajuda, sempre em casos de doenças graves tem que as ter o acompanhamento médico, mas na hora de dor de barriga é bom sabermos quais as nossas alternativas.

A Mãe Natureza proporciona ao homem uma infinidade de plantas com valores medicinais. No princípio existia apenas o conhecimento empírico. Hoje, porém, muitas pesquisas científicas comprovam as propriedades medicinais de várias plantas, comprovando (ou não) o uso popular destas plantas. É importante ressaltar que, ao contrário do que muitos imaginam, algumas plantas fazem mal à saúde e por isso não devemos fazer uso indiscriminado desta terapia. Sempre que possível, procure orientação de profissionais da área e não tome qualquer tipo de chá encontrado no mato, pois algumas espécies são muito parecidas e podem-se usar uma espécie perigosa por engano.


Preparação:
Os chás podem ser preparados por infusão ou cocção:

- Infusão: Consiste em se despejar água fervente sobre a planta e depois abafar por uns 15 minutos. Este processo é utilizado para flores, folhas e também para ervas aromáticas, pois se as fervermos as essências poderão volatilizar (perder-se pela ação do calor), causando a perda de sabor e poder medicinal do chá.

- Cocção: Consiste em se cozinhar a planta. Este processo deve ser restrito a raízes, cascas e sementes e a fervura pode variar de 3 a 15 minutos. Dosagem: A quantidade normalmente indicada é de 20 gramas de erva por litro de água ou uma colher de chá por xícara, mas esta dosagem pode variar dependendo da planta.


Posologia: Pode-se tomar várias xícaras do chá por dia, de preferência longe das refeições, a não ser que o uso do chá seja exatamente para estimular funções digestivas.

Adoçantes: Os chás geralmente não precisam ser adoçados. Em alguns casos, porém, pode-se usar o mel quando se quiser aproveitar suas propriedades medicinais (gripes, tosses, etc), mas só devemos adoçar depois de coado, quando o chá já estiver morno, nunca antes, pois o calor destrói o poder medicinal do mel.

Prazo de validade: Nunca use um chá mais de 24 horas depois de preparado, pois ele entra em processo de fermentação (mesmo mantido em geladeira). Prepare a quantidade suficiente para um dia apenas.

Tempo de uso: Recomenda-se não usar o mesmo chá por tempo prolongado, pois o nosso organismo responde cada vez menos ao tratamento. Use por um período de 30 dias e troque por outro tipo de chá, retomando o seu uso após algum tempo.

Utensílios: Evite usar utensílios de metal para fazer os chás. Embora não o notemos, eles podem causar alterações no efeito e sabor do chá. O ideal é usar recipientes de vidro, barro, louça ou esmalte.

Outros usos: Os chás, além de tomados, podem ser usados na forma de compressas, banhos, gargarejos, inalações e lavagens.

- Compressas: Compressas de chá quente aliviam dores inflamatórias e facilitam a resolução destas inflamações. Neste caso usam-se chás com propriedades antiinflamatórias.

- Banhos: São os banhos de imersão. A água deve estar morna e o banho deve durar uns 20 minutos. O banho pode ser repetido três vezes por semana durante um mês. Após este período mudar a erva utilizada.

- Gargarejos: São recomendados para atuar na cavidade bucal e na garganta. Pode-se colocar sal de cozinha depois de coado, pois este é antiinflamatório e anti-séptico.

- Inalações: Específico para as vias respiratórias. Ferver o chá e colocar um funil de papelão invertido sobre o recipiente, inalando o vapor.

- Lavagens: Normalmente intestinais e vaginais (corrimento).